Maria Grazia "Lella" Lombardi nasceu em 26 de março de 1941, em Frugarolo, uma pequena cidade na região italiana do Piemonte. Seu primeiro emprego foi como motorista da van da família, onde já demonstrava sua paixão por corridas ao realizar entregas do açougue do pai em alta velocidade.
No início de sua carreira, Lella competiu brevemente com karts, participou da Fórmula Monza e foi vice-campeã da Fórmula 3 italiana em 1968. Em 1972, conquistou o campeonato da Fórmula 850, acumulando quatro vitórias na categoria. Antes de chegar à Fórmula 1, também competiu na Fórmula Ford inglesa e na Fórmula 5000.
Em 1974, Lombardi foi inscrita no GP de Silverstone com o apoio da Federação Italiana, mas não conseguiu se classificar entre os 25 pilotos que participaram da corrida, terminando na 29ª posição entre 35 competidores que disputavam um lugar no grid.
No ano seguinte, Lella foi contratada pela March Engineering, uma equipe britânica de Fórmula 1. Embora não tenha competido nas duas primeiras etapas da temporada, realizadas na Argentina e no Brasil, participou da terceira etapa na África do Sul, onde abandonou a corrida devido a um problema com a bomba de gasolina de seu carro.
Foi na etapa seguinte que Lella fez história na Fórmula 1. Em 27 de abril de 1975, durante o Grande Prêmio da Espanha, a corrida foi marcada por caos devido à falta de segurança do circuito. Por volta da 30ª volta, restavam apenas sete pilotos na pista. O acidente mais grave envolveu Rolf Stommelen, cujo carro perdeu a asa traseira e colidiu com as arquibancadas, resultando em ferimentos graves no piloto e na morte de cinco espectadores, o que levou ao cancelamento da corrida.
Lella Lombardi estava na sexta posição na volta 29, quando a corrida foi interrompida. Na época, o regulamento estabelecia que a última posição na zona de pontuação concedia um ponto. No entanto, como a corrida não completou 3/4 das voltas previstas, os pontos foram divididos pela metade, e Lella recebeu apenas 0,5 ponto.
Lombardi participou de mais 10 corridas na Fórmula 1, competindo pela última vez em 1976, no Grande Prêmio da Áustria, onde terminou em 12º lugar. Antes de se aposentar, ainda competiu em corridas de turismo na Itália. Em 1988, Lella deixou as competições profissionais e fundou sua própria equipe, mas faleceu quatro anos depois, em 3 de março de 1992, devido a um câncer de mama.
Após sua morte, seu legado e sua história foram amplamente reconhecidos. Hoje, em sua cidade natal, Frugarolo, há um busto em sua homenagem, que celebra sua paixão pela velocidade para os amantes do automobilismo. Embora não tenha sido a única mulher a chegar à Fórmula 1, foi a única a pontuar, tornando-se um ícone de coragem e perseverança. Sua história continua a inspirar mulheres apaixonadas pelo automobilismo em todo o mundo.
Escrito por: Giovanna Carvalho
Editado por: Monique Mavillyn
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