O rookie com “contrato de validade”: conheça Jack Doohan
- Giovanna Carvalho
- 6 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de mar.
O que você faria se você fosse piloto de Fórmula 1 e, antes mesmo da temporada começar, surgissem rumores de que você seria substituído? Essa é, basicamente, a situação de Jack Doohan, que está “na corda bamba” antes mesmo das corridas voltarem. O australiano é o único dos cinco rookies que não vem direto da Fórmula 2 e integra o grid formando dupla com o francês Pierre Gasly, na Alpine.
Paixão que corre no sangue
E se o sobrenome Doohan não te parece estranho, talvez você conheça o pai de Jack, muito conhecido no mundo das corridas - mas naquelas sob duas rodas -. Michael “Mick” Doohan foi pentacampeão da 500cc (atual MotoGP) num período de dominância nos anos 90. Das superbikes até a maior categoria do motociclismo mundial, Mick ficou popular por somar grandes resultados - foram 54 vitórias e 95 pódios em 137 corridas - e pela lealdade à sua equipe, Honda, de onde nunca saiu.
Apesar de amar a velocidade, o talento para pilotar carros de fórmula veio apenas para o filho. risos. Depois de se aposentar, Mick teve a oportunidade de pilotar um Fórmula 1 e admitiu que era muito “difícil de guiar” após bater com o carro num guard-rail… A elite do automobilismo é realmente para poucos, né?
O caminho até aqui
Antes de chegar até a Fórmula 1, Jack passou por todas as categorias de base. Em 2018, com seus 15 anos, começou na F4 britânica, onde terminou a temporada geral em quinto. Também participou de algumas etapas da Fórmula 4 alemã e italiana - onde foi companheiro de dois brasileiros: Gianluca Petecof e Enzo Fittipaldi -.
Já em 2019 correu a Euroformula Open, somando dois pódios, e foi vice-campeão da Fórmula 3 asiática. Em 2021, se desvinculou da academia de pilotos da Red Bull e competiu a FIA Fórmula 3, quando se juntou à academia de pilotos da Alpine, participando também de algumas etapas da Fórmula 2. Nos anos seguintes - em 2022 e 2023 - se tornou parte integral do grid da categoria anterior à F1, representando a Virtuosi - atual Invicta Racing -.
E em 2024, foi piloto reserva da Alpine até a última etapa da temporada, quando substituiu Ocon no cockpit da equipe francesa para a corrida de Abu Dhabi.
A temida dança das cadeiras
O anúncio de Doohan parecia iminente desde que a Alpine anunciou a saída de Esteban Ocon no fim da temporada de 2024, após o polêmico acidente entre ele e Pierre Gasly em Mônaco, quando a pista ficou num clima de “guerra civil francesa”.
O contrato veio, mas a certeza não. Os rumores dizem que Jack ainda passa por um período de avaliação dentro da equipe, e que se não mostrar resultado no começo da temporada, pode ser substituído logo após a quinta corrida. E o principal nome para ocupar seu lugar? Franco Colapinto.
Francho chegou com seu carisma argentino que atraiu olhares na temporada passada, quando substituiu Logan Sargeant na Williams, sendo anunciado como piloto reserva na Alpine no começo de janeiro. Sua contratação foi entendida pelos fãs como nada mais do que um “plano B” para a escuderia francesa - uma vez que Flavio Briatore, diretor executivo da Alpine, não poupa elogios para o piloto e já havia demonstrado interesse em tê-o na equipe -.
Então, Doohan começa sua temporada já debaixo dos holofotes e dos olhos atentos, com seu lugar dependendo, na teoria, somente dele e de seu carro, - que já estampa patrocinadores do Franco na sua pintura 👀 - mas, na prática, a gente sabe que não é bem assim.
Jack volta a pilotar um Fórmula 1 em março, quando o Albert Park, na Austrália, recebe a primeira corrida de 2025 da categoria. E aí, Drivers, a pergunta que fica é: Será que Doohan vai ser o novato da Alpine durante toda a temporada ou será que teremos carinhas já vistas de volta ao grid?
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