top of page
Buscar
Foto do escritorMonique Mavillyn

“Ainda quero isso mais do que nunca”

Atualizado: 22 de set. de 2022

Após a decisão da McLaren em trazer Oscar Piastri no lugar de Daniel Ricciardo em 2023, o australiano fica à espera de um novo assento.

Daniel Ricciardo - Reprodução/McLaren Twitter

Têm sido anos difíceis para Daniel Ricciardo. O australiano está com a equipe britânica há apenas duas temporadas, e o contrato já foi cancelado. Iniciando em 2021 após deixar a Renault, atual Alpine, para se juntar a Lando Norris na lendária McLaren, Ricciardo agora cede seu assento para Oscar Piastri, o qual assume já em 2023.


A notícia não veio de maneira confortável, pelo menos não para o público. Mesmo vendo que a relação entre o australiano e a McLaren estava sob pressão e cobrança de resultados. Era como se estivesse sendo sustentada por um “Keep pushing'', mas sem sair do lugar.


Desde que chegou, Daniel encontrou dificuldades no cockpit. Ele próprio admite. Lidar com a "besta", como já dizia Carlos Sainz, não foi fácil. Em sua primeira temporada como “papaya”, Ricciardo lutou contra as desvantagens em pista, ficando, quase sempre, atrás de seu atual companheiro. E na segunda não está sendo diferente.


Há quem dissesse, e ainda diga, que ele já não estava em sua melhor performance desde que saiu da Red Bull. De fato, Daniel viveu momentos grandiosos na equipe britânica, tornando-se um piloto muito desejado e, especialmente, de alto valor na F1.


Ao longo do caminho, a própria equipe, inclusive o CEO Zak Brown, afirmou que precisavam adaptar o carro para o estilo de pilotagem do australiano, o qual é bem diferente de Lando Norris.


Mas, foi fazendo um ajuste ali e outro aqui, Ricciardo trouxe seu dia glória no Grande Prêmio de Monza, onde não só venceu a corrida, mas fez todo o seu final de semana ser digno de reafirmações de seu Nome.


É aquele grande lema "um piloto não leva Grandes Prêmios sozinho". E Daniel sabe disso, mas sem tirar o seu da reta. “Neste esporte, tudo funciona em um nível tão alto e, se algo estiver um pouco desafinado, pode ter um pouco de efeito. É realmente para eu voltar a esse lugar quando estou totalmente em sintonia com o carro, e então ele virá...


A Fórmula 1 é uma tremenda montanha-russa


Diante dos desafios, muitos esquecem das habilidades de Dani, por mais que agora não queiram ver por estar quase no fundo do pelotão, o rapaz tem táticas únicas que adquiriu durante seus 11 anos na F1, onde esteve sob o volante do carro mais agressivo do motorsport e não à toa conquistou a reputação de “Ganhador de Gp´s”.


Não só isso, o piloto do atual grid é o que mais trocou de equipe em um curto espaço de tempo. É difícil ter que se adaptar a um veículo que parece não responder ao seu ritmo, ainda mais quando a equipe também peca em questões de desenvolvimento.


Eu diria que o desenvolvimento de um carro de Fórmula 1 é sempre impulsionado por uma combinação de dados e análise de dados, mas também do feedback do piloto, para entender a limitação de um piloto em relação a ir mais rápido. Em termos de feedback que estamos recebendo de Lando e Daniel, não é muito diferente em relação às limitações que eles sentem do nosso carro. Eu não diria que isso é um problema.” disse Seidl à ESPN.


Já quase no teto do orçamento, a equipe pretende trazer outra atualização após o Summer Break, mas a maior mudança será apenas no ano que vem. Enquanto isso, Daniel Ricciardo precisa lidar com o que tem, assim como Lando Norris.


E apesar de todos os rumores, o “The Honey Badger” não pretende abandonar as pistas tão cedo. "Agradeço que nem sempre foi fácil, mas quem quer que seja fácil! Não vou me afastar do esporte. Ainda quero isso mais do que nunca."


Por mais que não tenha um novo assento garantido, o australiano estendeu um contrato com a Singtel Optus por mais dois anos, mesmo perdendo sua vaga na McLaren. Além disso, Ricciardo continua sendo uma pessoa altamente comercializável e é um dos dez principais influenciadores da Austrália.

コメント


bottom of page