Direto de Down Under: a Fórmula 1 está de volta no GP da Austrália
- Giovanna Carvalho
- 15 de mar.
- 3 min de leitura
Depois de alguns meses longe das pistas - e algumas crises de abstinência - finalmente voltamos às pistas. Os 20 pilotos chegam até Albert Park, na Austrália, neste final de semana (14-16) para a primeira etapa da temporada de número 75 da maior categoria de automobilismo mundial.
Austrália essa, que volta a receber as tradicionais corridas inaugurais depois de quatro anos - quando as primeiras etapas aconteceram em Bahrein.

ZOOM IN na etapa
O circuito de Albert Park, construído em volta do lago com o mesmo nome, aproveita a estrutura do parque e é o terceiro mais rápido do calendário - ficando atrás apenas de Jeddah e Monza -. Com 5,278 km de extensão, 14 curvas e quatro zonas de DRS, os pilotos enfrentarão 58 voltas nessa madrugada de sábado para domingo. Esse ano, o circuito recebe dois compatriotas: Oscar Piastri e Jack Doohan.
Melbourne passou a receber provas de Fórmula 1 a partir de 1996, mas antes disso as provas australianas já aconteciam em Adelaide, desde 1985. Foi a Austrália também, que assistiu a última vitória de Ayrton Senna e a despedida de Alain Prost das pistas, em 1993. Na ocasião o brasileiro chamou o francês e dividiu o seu topo do pódio com ele.
Um olho no peixe (no carro) e outro no gato (na pista)
A etapa australiana, além de começar a temporada, também marca alguns marcos dentro da Fórmula 1. Pela primeira vez, em sete anos, temos um brasileiro de volta à Fórmula 1.
Gabriel Bortoleto foi campeão da Fórmula 3 em 2023 e da Fórmula 2 em 2024, esse ano, ele é finalmente promovido para a Fórmula 1 e se junta ao grid com a Sauber. Apesar de não esperarmos resultados excepcionais de imediato - contando com os resultados da Stake do ano passado - podemos sonhar a longo prazo! A equipe está prestes a se tornar Audi em 2026 e, com o novo regulamento, a partir também do ano que vem, passa por uma reformulação. Então nada de “sonhar baixo”.
Além de Gabriel, mais quatro pilotos trazem novos rostos para o grid de 2025. Isack Hadjar, Kimi Antonelli, Oliver Bearman e Jack Doohan (dá pra puxar o hiperlink de cada um deles aqui) também chegam para sua estreia na Fórmula 1 em solos australianos - com menção honrosa à Liam Lawson, que não é mais rookie, mas vem para sua primeira temporada completa depois de substituir Daniel Ricciardo na Racing Bulls em 2024 e ser promovido para a Red Bull, no lugar de Sérgio Perez.
E depois de 12 temporadas juntos, Lewis decidiu trocar a Mercedes pela “vermelhinha”, e esse final de semana marca sua estreia oficial pela Scuderia Ferrari - então muitos olhos se voltam, mais uma vez, para a tradicional italiana. Além de Hamilton, Carlos Sainz, Esteban Ocon e Nico Hulkenberg também começam de casa nova.
Os “maiores” em Albert Park

O recordista de vitórias no circuito é Michael Schumacher, que subiu ao topo do pódio quatro vezes (2000, 2001, 2002 e 2004). Curiosamente, foi na Austrália que o alemão conquistou seu primeiro título mundial, em 1994.
Entre as equipes, a rivalidade se reflete nas estatísticas: Ferrari e McLaren lideram com 11 vitórias cada, seguidas pela Williams, com cinco triunfos.
No quesito velocidade, Charles Leclerc detém o recorde de volta mais rápida em corrida, com 1:19.813 em 2024. Já o tempo mais veloz registrado no circuito – ainda que extraoficial – pertence a Max Verstappen, que cravou 1:15.91 na classificação do mesmo ano.
Relembrando a última temporada
A etapa de Albert Park no ano passado ficou marcada pelo primeiro DNF de Max Verstappen em dois anos. O holandês largou na pole, mas problemas no carro o tiraram da disputa.
Com o abandono do então campeão, Carlos Sainz aproveitou a chance e venceu a corrida, seguido por Charles Leclerc, garantindo uma dobradinha da Ferrari. Lando Norris completou o pódio, levando a McLaren ao top 3.
Comments